segunda-feira

Daí eu choro, choro, sofro, sofro e choro!

Cacete! Esse post vai me fazer chorar (de novo).
Sim, vou xingar.
Sim, vou me revoltar.
Sim, vou até parecer infantil.
Não estou nem aí. Preciso desabafar mais uma vez.
Sexta feira tive uma noite desgraçada lá em casa. Motivo? Meu pai.
Era uma vez.... (pra que tudo faça sentido) Eu comecei a trabalhar certo?
E o meu salário vem através do ITAU. Eu até então não tinha conta no ITAU mas tinha no Banco do Brasil e na Caixa.
Acontece que a conta do BB é C/c e cartão de crédito.
A conta da Caixa é só poupança.
E a conta do ITAU é C/c e poupança.
Acontece que eu não tenho tantos gastos mensais para ter 2 C/cs em bancos diferentes. Logo, gostaria que a conta do ITAU fosse apenas poupança. Dai eu cancelava a conta na caixa e tava tudo certo. Tinha a c/c do BB e a poupança do ITAU.
Conversei com meu pai um dia a noite para ele me ajudar a decidir se o que eu faria estaria correto. Ele como sempre não conseguiu me explicar de forma didática e minha madrasta tomou a frente da explicação e da conversa.
Blz. Tinha decidido fazer isso mesmo. Daí o meu pai não se conformava, dizia que o que eu fazia tava errado e blá blá. Então no dia seguinte fui ao banco e chamei ele pra ir junto, para ele esclarecer todas as dúvidas que ele tinha sobre minha conta e bla bla bla. Foi então que ele me convenceu de que eu realmente deveria ficar com a conta corrente e a poupança.
Quais foram seus argumentos?
1- Meu pai tem um software junto com um outro cara, que mora em outra cidade, e este cara tem conta no ITAU. Logo, ele poderia parar de pagar DOC toda vez que ia pagar meu pai e depositar apenas na minha conta a parte que lhe cabe das vendas do programa. (Futuramente papai me disse que isso nao faria diferença se fosse uma poupança ou uma c/c - então este deveria não ser mais um argumento)
2- Que com essas movimentaçoes bancárias, ele poderia reduzir as tarifas da minha conta, mas do que se eu as deixasse parada. (Mais uma vez, se ele deixa esse dinheiro na poupança, nao tem tarifa nenhuma para "ser reduzida")
Sei que ele me convenceu na hora, meio a contra gosto. Então fui pra casa e a semana passou.
Sexta feira agora, eu resolvi perguntar/dizer pra ele que eu não entendia pq ele havia segurado a informação de que o sócio dele tinha a conta no ITAU e bla bla bla. Eu não havia entendido pq ele nao tinha me dito isso antes. Se isso nao fazia diferença, pq usou como argumento? Eu nao entendia. Achei que ele tinha escondido isso de mim, que tava se aproveitando, mas na verdade nada fazia sentido também.
Pois bem, quando eu falei isso o homem virou uma fera.
Começou a gritar, dizendo que se todo o problema eram os depósitos que seriam feitos, ele nao usaria a minha conta e que "fazia questao de nem saber o número dela".
Aí eu falei: A única coisa que eu queria era ter algo só meu. Algo que ninguem mexesse, algo que só eu administrasse.
Quando eu disse isso ele repetiu a mesma frase de antes. "Se o problema é o depósito nao há mais problema".
Dai eu fiquei puta/nervosa e comecei a chorar. Tentei dizer pra ele que eu sou tava comentando o fato. Que eu já estava conformada com a situação e então o cara ficou mais puto ainda e começou a ser mega grosso comigo. Foi então que mudei o rumo da conversa. Disse pra ele q eu gostaria muito de compatilhar as coisas que penso e sinto com ele, mas que isso nao era possível por causa desse comportamento rebelde q ele tem. Sempre aumenta o tom de voz e briga comigo.
Só que dessa vez ele foi além. Disse q eu estava tendo um comportamente "dos Dourado" (família da minha mãe) Disse que eu estava fazenho igual a ela e minha vó, que o chamam de grosso e começam a chorar sem razão. Ele pegou pesado. Se eu sou assim e minha mãe é assim, qual a minha culpa nisso? Pra ele eu tava repetindo o padrão, pra mim, estava sendo eu mesma.
Não consigo ser sincera, falar o que sinto, sendo bom ou mal, sem chorar. Tenho tanta coisa guardada em mim que quando tento colocá-las pra fora elas vem com tanta emoção e verdade que eu choro. Mas desde quando isso se torna uma culpa?
Choro se quiser e quando quiser, porra.
Sei q ele aproveitou desse meu momento para me atingir lá no fundo e quando isso acontece eu vou correndo pro meu quarto e fico lá.
E era isso que ele queria. Terminar com a conversa. Não deixou que eu falasse o que ele nao queria ouvir.
Tivemos umas poucas palavras trocadas ainda. Estava falando para ele q eu odiava esse tipo de comportamente nele , mas o amava mais a ponto de tentar conversar com ele e passar o tempo que tenho com ele numa boa. Mas foi aí que ele disse: Voce passa pouco tempo comigo pq quer! (nesse momento ele quis dizer que: quando eu vou pra casa do montanha as sextas feiras e volto apenas domingo a noite, "eu que escolhi ficar menos tempo com ele!" E na verdade nao foi isso que eu quis dizer. Quis dizer que agora eu estava trabalhando, numa rotina diferente de tudo o que eu tive, estudando e malhando e que parava em casa praticamente só pra comer e dormir e que por isso eu gostaria de ser mais amiga dele. Aproveitar ESSES momentos em que eu estou em casa para ser amiga dele. Mas não, daí ele tem que me ofender dizendo que a minha vida amorosa atrapalha nossa relaçao.
Então foi nesse momento que eu definitivamente desisti de conversar.
Fui para o quarto e chorei durante uma hora mais ou menos. Peguei no sono depois disso e acordei quando estava indo pra casa do namorado.
Se eu soubesse que minha frase fosse gerar essa briga eu jamais teria dito. Mas sempre que quero ser sincera com ele, ele vem com essas frases toscas que me magoam, e eu corro pro meu quarto.
Quando saí de casa não me despedi dele. Apenas saí. Voltei pra casa domingo bem tarde, não estava afim de encontrar com ele.
Hoje de manhã saí antes dele acordar. Portanto, até agora está tudo assim, sem se ver.
O que eu gostaria mesmo era de não ter mais que olhar pra ele. A raiva em mim ainda é grande. Sempre me fodo quando quero ser amiga dele. Cansei. Não consigo ouvir grosserias e filtrar. Me magoam e se eu as filtro uma hora terei que "limpá-lo" e isso vai fazer com q eu extravasse todas as raivas juntas. Não consigo relevar, não mesmo!
Enfim.
Infelizmente agora não posso deixar de conviver com ele pois ele me sustenta. Minha mãe alem de morar em outra cidade também não é muito bem de grana para me bancar. Logo nao tenho escolha. É aturar o velho e evitar o máximo de contato com ele enquanto eu estiver em casa.
Sugestões?
Críticas?
Delírios?
To be continued...

3 comentários:

Anônimo disse...

O grande problema da maioria dos pais é que eles não querem simplesmente ajudar, dialogar. Querem impor sua opinião à qualquer preço e aí da nisso. Brigas, ofensas e mágoa.
De tempo ao tempo que a raiva passará. Complicado.
Boa sorte pra ti.
Beijo

GUARACI CELSO PRIMO disse...

Pera aí. Você disse que trabalha, mas depende de seu pai. Bem nesse caso tudo se resolveria quando você obtiver sua independência. Afinal todos somos livres. Outra coisa, nos relacionamentos estamos sujeitos a todo tipo sentimentos. A raiva só atinge quem sente. O perdão é uma virtude que beneficia somente quem o pratica> Pense nisso.Um abraço.

Pablo disse...

bom...
primeiro que eu não entendi todo o rolo com a conta, mas entendo o que você queria.
agora faço uma pergunta, já que estamos fadados a conviver com eles, porque não buscar um jeito mais harmonioso de viver junto? poderia responder isso com o seu post mesmo, "toda vez que eu tento ser amiga...", mas será que este isolamento seria a melhor solução para convivencia? acho que não deves desistir de procurar ser amiga do seu pai, porque aliás ele é seu pai né? é sua família, não o conheço mas poderia dizer que ele estará sempre por você. por mais que você o ignore por agora, vai ter um momento que talvez se sinta sozinha e esteja de saco cheio de não ter ninghuem na sua casa para conversar.
e ah, entende um pouco o cara quando na verdade ele está sentindo sua falta, poxa, voc~e agora tem uma rotina digna de brasileiro e nos finais de semana passa longe dele... ele está com ciumes oras!

bom, se anda disso parece ser válido para a sua situação, le,mbre que quem grita precisa na verdade de ajuda, pois está desesperado. você não é a culpa.