sexta-feira

Quem sou eu?


Quando viramos mãe parece que deixamos de ser algo.
Quando viramos mãe, não somos mais fulana nem siclana, somos a MÃE de alguém.
Quando viramos mãe as pessoas abrem sorrisos quando chegamos no ambiente, mas eles não são para nós, são para o pequeno embrulho que trazemos uma cestinha ou num carrinho.
Quando viramos mãe as pessoas dizem OI primeiro para o seu filhinho lindo, gostoso e cheirosinho e depois, se tiverem perto de você ainda, lhe dão um Oi enquanto tiram seu filho do seu colo para brincar com ele.
Quando viramos mãe, só lembram de você quando o seu bebê está com fome, chorando, querendo comida. E quando lembram, ainda dizem que você é uma mãe má, que deixa seu filho com fome, que "judia" dele por querer ir ao banheiro e lavar as mãos antes de pegá-lo para amamentar.

Se é bom, se é ruim eu não sei. Acho que isso tudo faz parte da longa jornada que se inicia a partir do momento que damos a luz a um bebê e quando nasce uma MÃE.

Bom é que com o bebê todos estão felizes, sorrindo, tirando fotos o tempo todo e ele sempre será um motivo para reunir a família muitas e muitas vezes.
Sua casa fica cheia de visitas, seu bebê cheio de presentes e o amor reina no ar.
Essa é a atmosfera que é criada em torno da chegada do bebê. Por isso que todos dizem que criança sempre traz alegria.

Mas a alegria maior está na vida dos pais, que por mais que tenham que acordar de noite, que tenham que encarar todas as fraldas sujas, lavar e passar as roupinhas, dar banho, levar no médico, pra vacinar, pra isso e pra aquilo, são eles, os pais, que acompanham dia a dia o crescimento do bebê, cada gesto, mania, descoberta que ele faz e o que até agora me fez ter certeza de que ser mãe é algo maravilhoso é ver o sorriso na cara do pequeno príncipe quando olhamos pra ele e falamos "Oi bebê da mamãe!" E esse sorriso não tem preço, não tem explicação.
Assim como quando vemos o modo como ele espirra, os gemidinhos que ele dá quando relaxa, as várias poses que faz quando dorme, e todas as outras coisas que só os pais são capazes de ver e presenciar todos os dias.

Por isso que acho importante anotar, filmar, fotografar, compartilhar cada momento, cada coisinha que acontece, porque um dia vamos esquecer quão lindos são esses momentos.

To be continued...

Que mudança!

Esses dias eu estava pensando, o quão deve ser difícil nascer e se acostumar com as primeiras semanas de vida.
Pense bem, você estava num lugar escuro, quentinhos, só ouvindo os barulhos do coração e estomago de sua mãe, nadava o dia todo e não fazia esforço para receber alimento.
De repente, não mais que de repente, o seu cantinho começa a ficar apertado, se contraindo de tempos em tempos e você já não tem lá muito espaço...
Horas depois, de uma forma ou de outra, alguém te tira desse lugar onde você passou até então sua vida toda e te trazem pra um lugar estranho, claro, frio, pessoas te pegam, embrulham levam pra lá e pra cá, colocam algo no seu nariz e boca e aspirão eles... Depois te colocam num lugar onde você jamais viu, te colocam peças de roupas, meias, luvas, gorros e te levam até sua mãe.
E é aí que finalmete você vê algo que já conhecia... Sua voz, seu cheiro.... e então você levemente sabe onde está... está perto de onde veio, de onde esteve até então.
E por dias e dias seguintes começam uma série de novidades como banhos, banhos de sol, corte de unhas, fraldas, roupas e mais roupas, berço, carrinho... E o que todo o bebê mais experimenta na vida: COLOS, os mais diversos colos, tio, tia, madrinha, padrinho, vô, vó, pai, mãe, primos, etc... Pelo menos uma coisa você ganha, coisa que não tinha conhecido e que você agora adora: Carinho. São sorrisos, toques, abraços e um monte de gente falando com vozinha de criança perto de você, você gosta dessa atenção e as vezes até reclama por falta dela.
O pediatra do meu filho me disse algo que fiquei pensando, "O bebê chora por qualquer coisa que não esteja acostumado, pode ser banho, exercícios, entre outras coisas!" E de fato isso é verdade. Nos primeiros dias a hora do banho era um terror para o bebê. Ele chorava do começo ao fim e só acalmava quando estava vestido nos meus braços. Agora, ele definitivamente adora o banho. Fica todo relaxado na banheira, tão relaxado que depois do banho ele normalmente dorme que é uma beleza.
Com o banho de sol foi a mesma coisa, no começo o calor deixava-o louco, não ficava nem 3 minutos e já abria o berreiro, hoje ele fica até 20 minutos e não está nem aí. Porque ele acostumou com a novidade.
Nosso trabalho agora é encima dos exercícios diários que ajudam no desenvolvimento dos bebês. Nosso mocinho detesta ficar de barriga pra baixo, na posição que todos dizem que ele deve ficar para aprender a "virar".
E quem disse que ele gosta? Não dá 1 minuto e já tem alguém chorando... Estamos insistindo, fazendo festinha quando o colocamos de bruço, para ver se ele se anima e se faz alguma força nos bracinhos.
Espero que daqui pra frente ele dê conta do recado e siga o protocolo de "virar" assim que o colocarmos de bruço.

To be continued...

Um momento mágico

Recentemente descobri o que pra mim, até agora, é o mais gratificante em ser mãe.
Os bebês nascem de nós mas isso não significa que já nascem apaixonados por nós e nós por eles.
Na verdade são dois estranhos que tem um elo forte, agora invisível mas que faz com que ele seja sempre parte de você.
Apesar desta ligação forte, nem sempre mãe e filho se apaixonam de imediato. Assim como em qualquer amor é preciso ter tempo para conhecer o outro e descobrir do que gostamos e o que nos agrada.
Com os filhos não é diferente. É claro que o amor existe, dentro da gente, mas ainda não aflorou da maneira que deveria. Os primeiros dias, as primeiras semanas servem justamente para fazer este amor ser real.
Quando o bebê é muito pequeno a maneira mais gostosa de criar laços com ele é na hora de amamentar. Naquele momento não existe nada em volta, é apenas você, seu bebê, a pele macia dele tocando sua barriga, os olhos grandes que te olham apaixonados enquanto sua boquinha encaixa no seu seio e ele se vê feliz e satisfeito com o que dele sai.
São minutos fascinantes, importantes na vida da mãe e do bebê, pois naquele momento só existem eles. Não importa o que está ao redor. É o cheiro da mãe que o bebê sente, é o cheirinho do bebê que a mãe sente. É gostoso poder tocar nele por completo, segurá-lo no colo enquanto ele está lá, entregue 100% a você.
A amamentação pode ser muito dolorosa para muitas mães, pois além de alguns transtornos físicos como dores, etc (eu no caso não tive isso) torna a mãe um pouco (ou muito) escrava de seu bebê.
Ela precisa estar ali, pronta, disponível a hora que for, pelo tempo que for e isso nem sempre é muito fácil de aceitar. Como alguém novo, que você conhece ha tão pouco tempo e é tão pequeno pode te dominar assim?
Para muitas, este é o lado ruim; ter que programar tudo em função das mamadas: dormir, comer, tomar banho, se divertir... Para mim também não foi fácil. Principalmente porque eu sempre tive muita liberdade, podia ir e vir quando quisesse, tinha a minha vida praticamente controlada apenas por mim então de certa forma me sinto desconfortável com isso também...
Mas a gente aprende, aprende a conhecer o seu bebê e a saber lidar com ele.
Particularmente meu filho é um anjo, tem horários regulados e é super tranquilo.
Porém mesmo assim precisamos seguir horários. Com o bebê em casa a parte mais difícil até agora foi conseguir cumprir horários. Tudo é mais enrolado. Acordar, tomar banho e sair não demora mais 30 min, agora demora 1 hora ou mais, porque agora eu acordo, tenho que amamentar, por pra arrotar, arrumar a bolsa do bebê pra sair, trocar a fralda, tomar meu banho, me arrumar, colocar o bebê no carrinho, pegar todas as "tralhas" do bebê, pegar as minhas tralhas e finalmente sair.
Só não demoro mais de 2 horas pra fazer isso porque tenho uma ajuda e tanto do Montanha. Ele sempre pareceu ser um paizão e agora não está decepcionando ninguém. Posso até dizer que ele cuida mais do bebê que eu.
Ser pai e mãe realmente não é fácil, mas a gente aprende a dar valor a coisas que antes pareciam bobas demais para isso...

To be continued...

domingo

A chegada do bebê!




Pois é, depois que eles fecham a gente, ficamos de repouso na sala de recuperação.
Lá serve só para você se reestabelecer após a anestesia, tanto é que você só sai de lá quando é capaz de flexionar as pernas.
Isso parece ridículo, mas a anestecia é tão forte que realmente demora de 2 a 3 horas para que você realmente possa se mexer novamente.
Depois de 1 hora e 40min (tempo curto - segundo a enfermeira) consegui mexer as pernas e fui mandada para o meu quarto, junto com meu bebê. Até então não tinha dado uma olhada de verdade nele.
Cheguei no quarto na maca e o bebê sendo levado logo na frente. A enfermeira acordou meu marido e ficamos os três juntos novamente.
Como o bebê já estava chorando, a enfermeira me pediu para que eu amamentasse ele.
Sabia que ainda não tinha leite naquela altura, mas também sabia que tanto eu quanto ele precisávamos agir juntos para que isso acontecesse.
O fato do bebê sugar o seio, por mais que não saia leite, estimula a produção e faz com que o leite venha logo.
Mesmo assim, meu colostro não foi o suficiente para segurar a fome do garotão. Tivemos que dar complemento para ele. Ai a enfermeira chegou, colocou ele no colo e deu um copinho de café cheio de leite para ele. Ele se acalmou e dormiu.
A pior coisa que teve nesses 3 dias de hospital foi o tal entra e sai das enfermeiras para me dar o remédio intercalado com o choro do bebê... Quando eu finalmente conseguia pregar o olho, vinha a enfermeira pra me dar remédio.. depois pra me dar o café da manhã, depois o bebê tava com fome, depois tinham que dar banho no bebê e assim era o dia todo, a noite toda. Foi a pior coisa.
Mas de resto foi tudo muito bem. Gostei de ficar com o bebê no mesmo quarto o tempo todo, poder cuidar dele, olhar pra ele sempre que possível, isso não tem preço.
Meu leite só foi vir de verdade do segundo pro terceiro dia e me senti muito feliz por poder alimentar meu filho sozinha a partir dali.
Nos dias seguintes recebemos muitas visitas, estávamos muito cansados mas mesmo assim a babação do povo era tão legal que valia a pena assistir.
Os primeiros dias assim como a primeira semana foi tudo ok, nada de mais, ele não teve nenhuma reação adversa com as vacinas, como febre, dor etc. É um menino muito tranquilo e sempre muito simpático.

Vai no colo de quem quiser pegar, se não tiver com fome fica com você pelo tempo que for preciso. Adora dormir, tem horário para tudo, é praticamente um reloginho.

E eu? Digamos que virei uma vaca leiteira. Meus peitos estão enormes, tenho leite suficiente para a fome do meu filho e um leite bem saudável pois ele está crescendo e engordando bem, do jeito que deveria e isso é muito bom.

To be continued...

quarta-feira

Ta aí o que você queria!


Olá meu povo!!

A atualização demorou mas chegou!
E sabe porque ela demorou? Porque o meu pequenino nasceu!!
Pois é, dia 11 de novembro as 01:08 da manhã.
Mas como tudo isso começou?
Bem, eu estava com 38 semanas e 5 dias, fui fazer uma ecografia na terça feira dia 10 para saber como estava indo o meu meninão.
Já na consulta a médica observou que a taxa de líquido ameniótico estava muito abaixo do esperado e que além disse o Gustavo tinha duas voltas de cordão no pescoço, o que dificultaria e muito um parto normal por causa do comprimento do curdão.
Mas de fato o que mais preocupava era a taxa de líquido, pois o bebê precisa dele para se manter dentro do útero em boas condições.
Assim que saímos do exame, liguei para minha médica obstetra da casa do meu pai e entao relatamos para ela o que a ecografia revelou.
Com tudo o que estava acontecendo ela disse: "Vamos tirá-lo daí o mais rapido possível! Que tal hoje a noite?"
O Montanha congelou... e repetiu: "Hoje?" E então olhou pra mim pedindo uma resposta imediata.
Eu com a maior calma do mundo disse: "Tudo bem, que horas? Qual hospital?" e então tudo foi acertado.
Na mesma hora minha madrasta chegou e quando ouviu o HOJE já saiu gritando feliz e contente!
Entao ligamos para meu pai para avisá-lo da ocasião enquanto eu e Montanha nos preparávamos, primeiro psicologicamente, para o grande momento.
Fomos pra nossa casa. Enquanto eu acabava de arrumar a minha bolsa, a bolsa do bebê e tudo o que precisávamos para ir pro hospital, o Montanha teve uma crise de "piriri" e ficou no banheiro por muitos minutos.
Tomei meu banho, dormir, relaxei... ou melhor, tentei relaxar pois já estava começando a sentir contrações desde o meio da tarde...
Fomos pra casa do meu pai por volta das 21 horas. Já eram mais de 4 horas tendo contrações e mais de 2 horas tendo contrações de 5 em 5 minutos (intervalo ideal para dar inicio ao parto).
Pegamos minha madrasta e fomos pro hospital, depois de uns minutos, meus cunhados (padrinhos do Gustavo) chegaram também. Estávamos todos ansiosos esperando a chegada da minha obstetra para dar início aos preparativos da sala de cirurgia.
Entao me colocaram numa espécie de baia, onde tinha uma caminha, com cortina na "porta" e uma cadeira. Tinha que ficar lá esperando a minha hora de entrar.
Me deram entao uma camisola, tive que tirar tudo o que eu tinha de objetos, ficar absolutamente nua, apenas com a tal camisola amarela. Nesse meio tempo meu pai chegou ao hospital depois de uma reunião de condomínio - ele é o sindico e nao podia fugir dela.
Minutos depois chegou um rapaz com uma cadeira de roda. Fui até o centro cirurgico com meu marido enquanto meus familiares me esperavam no apartamento onde eu ficaria hospedada depois.

Entrei no centro cirurgico sozinha, enquanto o Montanha se vestia com aquelas roupinhas azuis que vemos nas novelas.
Fiquei ali, sozinha, numa sala fria, com uma moça parcialmente cedada do meu lado, sendo monitorada por aparelhos que faziam barulhinhos a cada pulsação de seu coração.
Eu sentada naquela cadeira, com contrações, sozinha, com uma moça que trabalhava no hospital cheia de coisas pra resolver, na sala ao meu lado estava tendo um outro parto.
Só descobri quando vi uma mulher carregando um bebê choroso para o outro lado do centro.
Enquanto isso eu continuava sozinha. Foram mais de 40 min., até que eu ouvi a voz da minha médica e isso me deu um alívio. Mas nada dela aparecer, pra me dizer um olá!
Fui ficando mais nervosa com essa falta de apoio... as contraçoes estavam cada vez pior... precisava de alguém pra segurar minha mão.
Ja passavam das 23 horas e meu parto tinha sido agendado pras 22horas. Estávamos atrasados.
Logo depois minha médica apareceu, perguntou como eu estava etc e logo depois sumiu de novo.
E eu ficava me perguntando: "Cade meu marido?"
Até que nao aguentei e perguntei pra tal menina que estava atolada de coisas.
Ela me disse que ele estava lá fora, trocando de roupa, mas que estava demorando porque estavam com dificuldade de encontrar uma roupa que coubesse nele.
Falando assim até parece que o Montanha é enorme de gordo, coisa que de fato nao é, mas o apelido dele continua sendo Montanha, enquanto ele também não é dos mais mirradinhos.
Finalmente ele chegou! Me deu um alívio tão grande!
Ficou comigo por uns minutos e entao chegou minha médica.
Fomos pra sala onde seria o parto.
Ela me deitou na cama, fez o que eles chamam de toque e então me disse:
"Você tá com 8cm de dilatação, vamos tentar normal?"
"Faz força, vamos ver!"
E nisso eu pensei: O que? Normal? Mas... mas..? Fazer força? Tá bom!!
E lá fui eu fazer força... e de novo e de novo....
Ela entao rompeu minha bolsa, fui uma sensação estranha. Uma mistura de sangue e água apareceu entre minhas pernas.
"Vamos colocar ela na sala de parto normal?" - disse a médica para o assistente.
E lá fomos nós...
Pra encurtar a história, não fiquei muito tempo na sala de parto normal porque comecei a sentir muitas dores nas costas devido minha lordose que se agravou durante a gravidez. Sentia mais dores nas costas do que as dores da contração e isso nao estava me ajudando a fazer a força necessária para o bebê sair.
Pedi então que voltássemos para a sala de cirurgia, pois sabia que nao conseguiria fazer o meu trabalho durante o parto.
Voltamos pra sala de cirurgia, o anestesista chegou, aplicou a injeção e em incríveis 30segundos eu já não sentia mais minhas pernas e abdomem. Eles foram dominados por um formigamento e toda a sensibilidade foi embora.
Então a médica passou aquele líquido amarelo na barriga, colocaram o tal pano azul na minha frente, de um lado do meu braço havia soro, do outro o medidor de pressão e então a médica começou a cortar minha barriga.
Dai pra frente é claro que não sentia nada... Ouvia tudo o que estava acontecendo, mas nao tinha noção do que estava sendo feito. O Montanha estava comigo, e tudo ia bem.
Depois de poucos minutos eu senti uma pressão grande na barriga e logo depois ouvi o choro do meu bebê!
A sensação é incrível. A enfermeira me mostrou ele, eu fiquei sem reação. Isso estava dentro de mim, agora está aqui!? E logo o levaram para a pesagem, medição e avaliação das condições de vida dele.
Enquanto isso o Montanha o acompanhou e eu fiquei sendo "fechada" pelos médicos.
Depois meu marido voltou com nosso bebê no colo e me mostrou ele novamente.
Foi muito bom ver minha família toda junta pela primeira vez!

O proximo post vai ser sobre as primeiras horas com o nosso pequeno!

To be continued...

terça-feira

De repente 36

Parece que foi ontem...

Que mentira!!
A gravidez passou rápido até aqui, mas nada que se compare com "ontem"!
Noves meses não demoram muito, mas os últimos meses estão sendo os mais difíceis de suportar.
Certa vez li a seguinte frase : "Se gravidez fosse um livro, eu nao escreveria os dois últimos capítulos!" e de fato é verdade.
Do oitavo mês pra cá a coisa veio ficando pesada, cada vez mais pesada.
Muitas dores nas costas, na lombar, pernas, cólicas e principalmente as primeiras contrações.

Segundo a medicina tudo se justifica, mas a gente nem quer saber o motivo, quer saber logo é como aliviar isso, e a resposta é a mais clara de todas: Quando o bebê sair tudo acaba!!
O problema agora é QUANDO isso vai acontecer.
A partir de agora, a qualquer momento.
Estou com 37 semanas e alguns dias, isso equivale a nove meses e 1 semana praticamente.
Segundo minha médica o Gustavo pode ficar até 40 semanas dentro da barriga (Data provável do parto) Isso no calendário dá dia 20 de novembro.
Caso o Gustavo seja um menino preguiçoso, ele terá mais uma semana de crédito dentro da minha barriga, porém, se no prazo de mais uma semana (27 de novembro) ele não nascer, seremos obrigados a tirá-lo de lá, afinal, ele nao pode viver lá a vida toda!
A justificativa da medicina é claro que nao é essa.
Parece que passadas 41 semanas de gestação a vida uterina passa a ser prejudicial ao bebe. É como se ele começasse a envelhecer lá dentro, nao tendo mais espaço para crescer ele começaria a atrofiar ou algo parecido.
Bem, sei que ao que tudo indica o Gustavo nao deve ficar 41 semanas na barriga, mas deve chegar até a data provável do parto.
Porque?
Porque existe uma série de coisinhas que dizem mais ou menos quando o bebe vai nascer. Podemos dizer que existem uma série de sintomas.
A barriga fica baixa, devido a posiçao que o feto assume perto da hora (semanas) de nascer.
Sentimos (as vezes) contrações mais frequentes, diárias, repetidas etc.
O bebe depois que "encaixa" dificilmente se mexe muito, já que ele encontrou a posição para ficar para o seu nascimento.
Além de outros "sintomas" que eu nao sei examente explicar, mas que existem e sao fáceis de entender para quem é especialista no assunto.

Minha barriga já mudou de forma, mas segundo o toque da minha médica o Gustavo até semana passada nao corria o "risco" de nascer.
Agora como a hora do parto se aproxima, as visitas ao obstetra sao mais frequentes, antes iamos 1 vez por mes, depois 2 por mes e agora toda semana estou lá dando um "oizinho" pra Dra.

Qual é a parte menos agradável dos 9 meses?
Definitivamente qualquer movimento que nao seja estar deitada numa cama!
Sentar no pc nao dói, mas depois de alguns minutos no PC, ou sentada em qualquer outro lugar onde fico com as pernas para baixo e a coluna reta, quando me levanto sinto que minha barriga repuxa, sinto uma cólica cada vez que levanto depois de muito tempo sentada. Isso realmente é ruim.
Quando vou comer, o maior problema agora é conciliar o tamanho da barriga com a distancia que preciso ficar da mesa e com o trajeto que a comida faz do prato até minha boca.
Parece besteira, mas fica realmente longe o prato da boca e como a barriga está grande, inclinar-me para frente nao ajuda (se fosse possível) a minimizar as chances da comida cair na minha barriga.
A solução? Abrir BEM as pernas, para a barriga descer mais e entao conseguir chegar mais perto da mesa e se alimentar normalmente.

Outro problema? Hora de se vestir.
Você toma um banho super relax e vai colocar a calcinha... de repente uma barriga enorme na sua frente. Você nao consegue se abaixar, nao consegue erguer as pernas e muito menos dobrá-las.
Solução? Sentar-se na cama, na cadeira ou onde puder, dobrar a perna por cima do OUTRO joelho e colocar a calcinha.
Após alguns dias de prática nao fica tao dificil, mas é um pouco desconfortável.

Mais um incômodo? A posição boa para se dormir.
CLARO que há meses nao sei o que é dormir de bruço, mas pouco me importa pois nunca consegui dormir nesta posiçao.
O problema agora é que só dá pra dormir de lado, seja direito ou esquerdo, de preferencia o esquerdo (segundo a médica) e CADA movimento e mudança de posição deve ser friamente calculado.
O peso da barriga faz com que mexer o quadril (da direita pra esquerda) seja uma tarefa dolorida e pesadíssima. Voce deve virar a bunda pra um lado, depois as costas e por ultimos as pernas até conseguir definitivamente atingir a possível confortável que espera.

O dificil é conseguir ficar nesta posiçao por muito tempo. Primeiro porque sua perna que está na parte de baixo, na qual vc está apoiada começa a doer muito se você ficar muito tempo sobre ela, segundo porque com um bebê fazendo pressao na sua bexiga, a frequencia com que você vai ao banheiro durante a noite se torna impressionante. Pra nao exagerar, tem noites que vou de 3 em 3 horas, as vezes até intervalos menores.
O "bom" é que com a chegada do bebê nao terei muitas horas disponíveis para dormir de madrugada de qualquer jeito, entao é uma forma de me acostumar com os horários de amamentar.

De resto é isso.
Se nao fossem as minhas novas roupas de grávida, eu nao teria direito o que vestir, principalmente em ocasioes tipo aniversários, festas, ou qualquer outro evento onde eu devesse estar mais arrumadinha do que uma blusa velha e um short.

A parte boa dos 9 meses é que nunca faltou tao muito tempo para que tudo isso acabasse!
Ver o quarto do bebê pronto, ver tudo arrumado e só aguardar para que ele chegue com saúde e gordinho, cheio de dobrinhas, nao tem nada melhor nesse momento.
Fico as vezes olhando o quarto dele e imaginando o meu novo dia a dia com ele ali...
Sei que por mais que eu imagina nunca saberei realmente o que é até realmente chegar a hora.

Acredito que conseguirei ainda atualizar o blog antes do Gustavo nascer, mas caso isso nao aconteça farei de tudo para pelo menos escrever 3 linhas, dizendo como foi o parto e como está sendo a presença dele na nossa vida.
Não só pra informações de vocês mas também para registro meu, afinal esse blog também serve para que EU relembre tudo o que passei e vivi.

To be continued....